segunda-feira, junho 24, 2002

Muito bonito hein menina. Tudo errado de novo, será possível. Impensável. Inconcebível. Inaceitável. Engole o choro. Choro é chantagem, sabia não. Quer que sintam culpa é. Coisa de mulezinha. Não sabe nada também essa menina. Diz fazer desfaz. Diz erguer derruba. Diz atrair repele. Diz esquecer remói. Olha pra mim menina. Não. Olha pra você. Tudo tão simples complica. Tudo tão fácil dificulta. Fala por quê menina. Essa menina muda, vê se pode, ficasse antes. Fica muda quando quer. Quando não quer se espalha espelha explode em relâmpagos-palavras. Mereço isso menina fala. Fala. Falar que não consegue não é falar. Fala anda. Muda de novo. E agora o vaso quebrado o leite entornado o dia perdido. Menina adora perder, acha bonito, só pode. Que palavra é essa aqui que você escreveu, não existe. Tanta palavra pra escrever escolhe esta. Tantamulherpraserescolheesta. Tantamulherpraqueseresta. Tantamulheresta. Quer ser palavra, que ridículo. Não existe ser palavra. Entende que não existe a palavra. Entende que não te entendam. Não dá pra entender essa menina. Dorme menina é melhor. Ao menos dormindo você não chora.

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